Tropas de paz da ONU patrulham o país, com ajuda da polícia haitiana.
Os Estados Unidos relaxaram parcialmente o embargo ao comércio de armas com o Haiti.
A medida, anunciada na terça-feira, tem o objetivo de permitir que o governo haitiano compre armas para combater a criminalidade e a violência de gangues.
De acordo com a embaixada americana em Porto Príncipe, o governo poderá comprar armas de fogo, coletes à prova de bala e outros itens para a polícia.
Mas grupos privados, empresas e cidadãos continuam proibidos de adquirir armamentos.
Atualmente, a segurança do Haiti é realizada principalmente pela Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), que é comandada pelo Brasil.
As tropas contam com a ajuda da mal equipada polícia haitiana.
Os líderes do país vinham reclamando que o embargo limita a atuação da polícia, enquanto as gangues continuam tendo acesso a armamentos pesados no mercado negro.
Voto de confiança
A mudança no embargo é vista como um voto de confiança ao presidente haitiano, René Prevál.
“O governo dos Estados Unidos levou em consideração as grandes mudanças no Haiti desde a imposição desse embargo, principalmente um governo pacífico e democraticamente eleito”.
“Os Estados Unidos modificaram o embargo como uma forma de apoiar a luta do governo, da Minustah e da polícia nacional haitiana contra a criminalidade extrema e a atividade de gangues”, disse.
O embargo foi estabelecido há 15 anos, depois que o Exército haitiano derrubou o então presidente Jean-Bertrand Aristide.
O objetivo era prevenir os militares e as gangues – na época acusados de sérias violações aos direitos humanos – de conseguirem comprar armas no mercado americano.