Imigração

EUA prorrogam medida que dispensa entrevista presencial de visto para viajantes de baixo risco

Conforme a regra estabelecida, os oficiais consulares agora têm a prerrogativa de dispensar candidatos da exigência de entrevista nos casos de primeiro pedido ou renovação de vistos

O governo dos Estados Unidos, por meio do Departamento de Estado, anunciou a extensão da autorização para consulados e embaixadas dispensarem a realização de entrevistas presenciais para a emissão de certos tipos de vistos. Esta medida, originalmente implementada em 2022, expiraria no dia 31 de dezembro de 2023. Não foi divulgada a data de expiração da nova medida.

Conforme a regra estabelecida, os oficiais consulares agora têm a prerrogativa de dispensar candidatos da exigência de entrevista nos casos de primeiro pedido ou renovação do visto H-2, destinado a estrangeiros que realizam trabalhos temporários e sazonais nos EUA. Além disso, solicitantes dos três tipos de visto de estudo e intercâmbio (F, M e J), bem como dos vistos H-1, H-3, H-4, L, O, P e Q, podem ser isentos da entrevista se já possuírem um visto americano anteriormente e nunca tiverem tido um pedido de entrada nos EUA negado. A regra também prevê que qualquer renovação de visto, incluindo os de negócio e turismo (B1/B2), pode ser dispensada da entrevista se o visto anterior não tiver vencido há mais de 48 meses.

O presidente e CEO da US Travel Association, Geoff Freeman, divulgou uma declaração expressando gratidão aos Departamentos de Estado e Segurança Interna dos Estados Unidos. “A medida concede aos funcionários consulares a capacidade de dispensar entrevistas pessoais para certos pedidos de visto de não imigrante de baixo risco. Os candidatos elegíveis, que já visitaram os EUA, continuam sujeitos a rigorosas verificações de antecedentes e triagem, como todos os não-imigrantes”, explicou. Segundo Freeman, a não prorrogação dessa autoridade teria resultado em aumentos significativos nos tempos de espera para 40% dos requerentes de visto, acarretando em perdas de bilhões de dólares para a economia dos EUA devido a gastos de viajantes perdidos.

“Mesmo quase quatro anos após o início da pandemia, os Estados Unidos continuam recebendo 13 milhões a menos de visitantes do que em 2019. Grande parte desse declínio é resultado direto dos persistentemente elevados tempos de espera para entrevistas de visto, atualmente em média mais de 400 dias nos principais mercados de origem. A extensão da autoridade de isenção de entrevista de visto é um passo significativo para aumentar a competitividade global e promover uma experiência de viagem mais integrada e segura”, completou Freeman.

Ao estender a autoridade de isenção de vistos, a administração Biden evitou a perda de $ 64 milhões de visitantes e $ 215 bilhões de dólares em gastos nos próximos 10 anos. Em 2024, os EUA retêm a possibilidade de receber $ 2,2 milhões de visitantes adicionais e $ 5,9 bilhões de dólares em gastos de viajantes que teriam sido perdidos sem a prorrogação.

*com informações da Travel Pulse

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