O governo dos Estados Unidos pretende impor restrições aos vistos para os cidadãos britânicos de origem paquistanesa, por medo de que ameacem a segurança nacional.
Segundo a edição desta quinta-feira do jornal “Daily Telegraph”, o secretário de Segurança Interior norte-americano, Michael Chertoff, discutiu essa opção com as autoridades de Londres, depois de rever o programa de isenção de vistos “Visa Waiver”.
A medida foi tomada após a emissão da sentença que condenou à prisão perpétua cinco britânicos de origem paquistanesa, acusados de terem planejado um atentado com fertilizantes químicos no Reino Unido.
Entretanto, o Ministério do Interior em Londres afirmou que seria “inaceitável” que os Estados Unidos “diferenciassem os cidadãos britânicos por sua origem étnica”.
O atentado com fertilizantes chamou a atenção para um problema crescente no Reino Unido e nos Estados Unidos, seu maior aliado, o da segurança nacional e a luta antiterrorista.
De acordo com o “Telegraph”, as autoridades imigratórias norte-americanas consideram que se muçulmanos britânicos de origem paquistanesa estão preparados para atacar alvos ingleses, poderiam aproveitar o sistema “Visa Waiver” e entrar em território americano para cometer atentados terroristas.
Turismo
Já o jornal “New York Times” apontou que o secretário de Segurança Interior discute algumas opções com Londres, todas elas rejeitadas pelas autoridades britânicas.
Uma das possibilidades é que Washington encerre seu programa de isenção de vistos, e exija que todos os britânicos se submetam ao processo de visto para entrar nos Estados Unidos.
A medida poderia ter muitos efeitos negativos para o fluxo turístico britânico nas principais capitais norte-americanas. Outra opção seria pedir um visto especial aos britânicos de origem paquistanesa, possibilidade que o Reino Unido considerou racista.
Fontes do governo negaram que essas discussões tenham existido entre ambos países, apesar de esclarecerem que o Congresso reforçará o programa de isenção de vistos, para evitar que possíveis atacantes entrem no país.