A justiça da Flórida decidiu que o brasileiro Leonel Alberto José Quintana tem até o próximo dia 3 de março para enviar os dois filhos menores de volta para o Brasil. A determinação foi expedida pela U.S. District Court for the Middle District of Florida, no dia 3 de fevereiro.
A mãe das crianças, Karoline Machado, acusa o ex-marido de ter falsificado sua assinatura em documento de autorização de viagem internacional para fugir com os filhos para os EUA. Os três desembarcaram no país no início de 2019 e, desde então, Karoline praticamente não teve contato com os filhos. ”Estou muito feliz que eles irão voltar”, comemorou.
A ordem de repatriação foi emitida pela polícia federal brasileira em maio de 2020. O maior desafio, entretanto, era localizá-los nos Estados Unidos.
Por meio da Convenção Internacional de Haia, que trata do sequestro de menores, a justiça americana foi acionada para entrar no caso e passou a procurar o adulto.
Em novembro do ano passado, a Corte Federal de Orlando emitiu uma ordem exigindo que Quintana se apresentasse à justiça. Mas ele não compareceu.
O caso ganhou repercussão na mídia e, segundo o dr. Kurt Alexander, advogado que cuida do caso nos EUA, graças a uma denúncia anônima os oficiais de justiça conseguiram achar o pai, em Pompano Beach.
”Uma pessoa da comunidade entrou em contato e nos informou o endereço em que ele estava”, disse o advogado ao AcheiUSA.
Alexander relatou que o brasileiro não ofereceu resistência em assinar o documento comprometendo-se em comprar a passagem e embarcar as crianças de volta para Curitiba (PR) e explicou que, até o momento, não há acusações diretas contra ele nos EUA. Situação que pode mudar caso não se cumpra a determinação judicial de devolver os filhos à mãe.
“Nós entramos no caso porque há crianças envolvidas. Essas crianças foram trazidas para cá por causa de uma escolha errada ”, relatou Alexander que desde 1989 atua em crimes internacionais envolvendo menores.
Já no Brasil, Quintana poderá eventualmente responder pelos crimes de falsificação ou uso de documento falso; subtração de menores; envio de criança ou adolescente ao exterior e alienação parental.