Os Estados Unidos lançaram, nesta quinta-feira (13), pela primeira vez uma bomba MOAB GBU-43, apelidada de “mãe de todas as bombas”, no Afeganistão, segundo informou o Pentágono à agência AFP. Esta bomba é a mais potente não-nuclear já usada pelos EUA, informou a rede CNN.
O artefato GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast Bomb foi usado na província de Nangarhar, no Afeganistão, para atacar cavernas usadas pelo Estado Islâmico na região, de acordo com a agência Reuters.
Segundo o porta-voz do Pentágono Adam Stump, a MOAB foi lançada sobre um complexo de cavernas suspeito de abrigar combatentes do Estado Islâmico no distrito de Achin, na província de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão. As forças militares ainda estão avaliando qual foi o grau dos danos provocados pelo bombardeio.
A MOAB foi desenvolvida para a Guerra do Iraque, mas nunca tinha sido lançada em combate. Com 11 toneladas de explosivos, a MOAB foi testada pela primeira vez em março de 2003, numa base da Força Aérea americana na Flórida. Um segundo teste aconteceu em novembro do mesmo ano, e os militares iniciaram a produção para apoiar a campanha militar no Iraque. Na época, a CNN noticiou que uma bomba foi transportada para o Golfo Pérsico, mas nunca foi usada.
“Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ímpeto da nossa ofensiva contra o ISIS-K”, disse o general John Nicholson, chefe das formas americanas e internacionais no Afeganistão, de acordo com a agência Reuters. “ISIS-K” é como é chamado o complexo de túneis e cavernas usado pelo grupo.
Questionado por jornalistas durante um evento na Casa Branca, o presidente Donald Trump disse apenas que estava “muito, muito orgulhoso de nossos militares” e que o uso da bomba foi “mais um evento de sucesso”.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o ataque foi lançado às 19h locais (por volta de 10h30, pelo horário da Flórida). “Os Estados Unidos levam muito a sério a luta contra o Estado Islâmico e, para destruir o grupo, temos que tirar espaço de operação dele, que foi o que fizemos”, disse Spicer, acrescentando que mais detalhes seriam dados pelo Departamento de Defesa. “Os Estados Unidos tomaram todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis e danos colaterais como resultado desta operação”, disse. Os militares estão atualmente avaliando os danos causados.
Os militares estão atualmente avaliando os danos causados. (Com informações do jornal O Globo).