Depois das críticas sofridas pelo tratamento aos filhos de indocumentados presos na fronteira entre o México e os Estados Unidos, no auge da crise imigratória americana no ano passado, o centro de detenção improvisado de Homestead (Flórida) terá suas atividades interrompidas. A unidade, a maior deste tipo no país, abrigou centenas de crianças que foram separadas das famílias em seus 3.200 leitos. As instalações eram administradas por uma empresa prestadora de serviços vinculada ao ex-chefe de gabinete da Casa Branca John Kelly, o que também motivou ataques do partido democrata.
O governo anunciou que o contrato com a unidade será encerrado no final de novembro e não haverá renovação. Atualmente não há crianças naquele Centro, mesmo assim as despesas com a manutenção do local chegam a 720 mil dólares por dia, segundo o Jonathan Hayes, diretor de um centro de assentamento de refugiados. Com a medida, cerca de dois mil trabalhadores serão demitidos nos próximos dias.
Algumas das críticas ao local eram referentes às “condições de prisão” às quais as crianças eras submetidas: privação de liberdade, telefonemas limitados, regras rígidas e detenção prolongada. Os principais candidatos democratas na corrida presidencial de 2020, como os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren, visitaram o local durante suas campanhas e lamentaram o tratamento dispensados aos menores. Além disso, eles questionaram ainda os critérios de escolha daquelas instalações, sem um processo de licitação, que receberam investimentos de 341 milhões de dólares para reformas.