DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS – No dia em que a retomada de relações entre Cuba e Estados Unidos completa um ano, os países anunciaram um acordo para restaurar voos comerciais, sem anunciar a data em que a rota será restabelecida. A expectativa é que sejam autorizadas 20 rotas por dia até Havana e dez rotas para outros aeroportos da terra de Fidel de Castro. Companhias como JetBlue, American Airlines, Delta e United já manifestaram interesse em operar EUA-Cuba.
“Esse acordo vai permitir que os voos fretados permaneçam e estabelecerá serviços aéreos programados, o que vai facilitar e aumentar as viagens autorizadas, ampliando as escolhas dos turistas e promovendo conexões pessoais entre os dois países”, informou o Departamento de Estados dos EUA, em nota oficial.
Atualmente, americanos e cubanos que precisam ir a Cuba, viajam em aviões fretados que são, além de caros, muito difíceis de agendar. Especialistas consideram este o maior passo para estreitar as relações econômicas bilaterais desde dezembro do ano passado. Os cidadãos -americanos, no entanto, ainda precisarão de permissão para visitar a ilha.
A medida deve ajudar uma das maiores fontes de renda da ilha, o turismo. Desde a retomada de relações, diversas restrições vêm sendo estudadas e muitos passos têm sido dados em direção a uma reaproximação. Em julho deste ano, as respectivas embaixadas foram reabertas. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitou a ilha no mês seguinte, sendo o primeiro líder diplomático do país a viajar ao país desde 1945. Na semana passada, Cuba e Estados Unidos anunciaram a retomada de trocas postais após um hiato de 52 anos. Em outras questões, no entanto, como o status dos dissidentes e o respeito aos direitos humanos em Cuba, continuam travadas. Além disso, o governo cubano pede, com o endosso do presidente Barack Obama, a queda do embargo econômico, que depende do Congresso — que atualmente tem maioria republicana.