A rede de TV americana CNN divulgou nesta quinta-feira que o pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama foi colocado sob a proteção do serviço secreto do país. O Serviço Secreto dos EUA não revelou a natureza da ameaça feita contra Obama, um senador por Illinois, ou porque iniciou a proteção especial.
Um comunicado do secretário de Segurança Nacional, Michael Chertoff, confirma que foi autorizada a proteção especial para o pré-candidato, que se vencer as eleições do próximo ano se tornará o primeiro negro presidente dos EUA.
“Devido a questões de procedimento, não revelaremos nenhum detalhe das deliberações ou investigações que levaram ao início dessa proteção”, informa o texto do comunicado. “Por razões de segurança não revelamos período, tipo ou detalhes de nenhuma operação de proteção”.
A CNN informou que, segundo o serviço secreto, nenhuma ameaça específica foi feita contra o senador.
Obama disputa com vários outros pré-candidatos, inclusive a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton, a candidatura do Partido Democrata nas eleições presidenciais americanas de 2008.
Disputa presidencial
Uma pesquisa divulgada na última segunda-feira surpreendeu os pré-candidatos democratas: pela primeira vez, Obama, 45, ficou ligeiramente à frente de Hillary, 59, na preferência dos eleitores do partido. A pesquisa chega oito meses antes das eleições primárias que escolherão o próximo candidato democrata à Presidência.
De acordo com a pesquisa do Instituto Rasmussen, o jovem senador negro de Illinois tem 32% das preferências, contra os 30% da congressista por Nova York e ex-primeira-dama dos EUA. A distância é considerada, porém, como “estatisticamente insignificante” –indicando um empate técnico entre os dois pré-candidatos.
A enquete, realizada antes de um debate realizado na última quinta-feira (26) entre Obama, Hillary e outros seis pré-candidatos democratas, confirmou o ex-senador pela Carolina do Norte John Edwards no terceiro lugar, com 17%, enquanto os outros não superam os 3%.
O Instituto Rasmussen destaca que a correlação de forças se inverteu de maneira considerável em um mês. No final de março, a senadora Clinton tinha uma vantagem de 12 pontos percentuais sobre Obama.
O impacto do debate de 26 de abril, no qual Hillary deixou clara sua experiência, será medido na sondagem da próxima semana, completou o instituto.