Um satélite ambiental dos EUA foi deslocado para dar cobertura contínua à América do Sul, onde até agora o serviço às vezes era interrompido por furacões e outros incidentes climáticos em território norte-americano.
O satélite Goes-10 continua sobre a região equatorial, mas foi deslocado do meio do Pacífico para o céu do Brasil, o que deve atenuar as consequências de fatos como tempestades, inundações, secas, nuvens de cinzas vulcânicas e incêndios, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
O satélite gera imagens do Hemisfério Sul a cada 15 segundos, fazendo parte de um grupo que alerta para riscos climáticos e outras ameaças ambientais.
Antes, os satélites que ofereciam dados ambientais à América do Sul eram usados durante catástrofes climáticas nos EUA para fazer exames mais detalhados dos Estados Unidos. Agora, o Goes-10 está dedicado integralmente à América do Sul.
“No passado, a cobertura era interrompida durante furacões e outros eventos climáticos severos nos EUA. Agora, os sul-americanos terão contínua cobertura por satélite”, explicou Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Brasil. “Não vamos mais ficar no escuro.”
A NOAA disse que os satélites podem dar alertas importantes contra desastres naturais na América do Sul, onde esse tipo de tragédia matou quase 70 mil pessoas na década de 1990.
Mais de metade dessas mortes se deveram a inundações, sendo que tempestades, ciclones e deslizamentos responderam por outros 20 por cento.