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EUA contestam resultado da eleição na Venezuela e Maduro acusa país de tentativa de golpe

A crise se agrava com relatos de violência e repressão; Maduro revelou a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos

Em meio a uma crescente crise política na Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, acusou os Estados Unidos de estarem envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado contra o governo venezuelano. A acusação surgiu após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reconhecer a vitória do candidato opositor Edmundo González nas eleições presidenciais realizadas no último fim de semana.

Gil criticou a postura de Washington, afirmando que as declarações de Blinken mostram uma tentativa de interferir nos assuntos internos da Venezuela e promover uma agenda violenta contra o país. “A Venezuela rejeita essas graves e ridículas declarações, que demonstram que o governo dos EUA está à frente do golpe de Estado planejado contra nossa nação”, afirmou Gil.

A declaração de Blinken foi baseada nas evidências apresentadas pela oposição, que inclui documentos eleitorais e atas de votação que indicam a vitória de González. Em contraste, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ainda não divulgou os resultados oficiais, alegando uma falha técnica causada por um ataque hacker. O CNE declarou, no entanto, Nicolás Maduro como o vencedor da eleição.

Além dos EUA, outros países como Brasil, México e Colômbia pediram ao governo venezuelano que disponibilize as atas de votação e permita a presença de observadores internacionais para garantir a transparência do processo. Enquanto isso, Maduro anunciou uma auditoria dos votos pelo Tribunal Supremo de Justiça, predominantemente composto por juízes indicados por ele.

A crise se agrava com relatos de violência e repressão. O partido opositor Vente Venezuela denunciou a invasão de sua sede em Caracas por homens armados, e Maduro revelou a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos que se seguiram à eleição. A oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, alega fraude e falta de transparência no processo eleitoral.

A Suprema Corte da Venezuela convocou os candidatos presidenciais, incluindo Maduro e González, para uma auditoria da eleição, mas a imparcialidade do tribunal é questionada devido à sua ligação com o governo. Enquanto isso, María Corina Machado teme por sua segurança e permanece escondida, conforme relatado em um artigo ao “The Wall Street Journal”.

A situação continua a evoluir, com o país dividido e a comunidade internacional pressionando por uma resolução justa e transparente para a crise política em andamento.

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