Histórico

EUA: casal processa clínica de fertilização após ter filha negra

Teste de DNA comprova que mulher foi fertilizada com sêmen de outro homem

O casal nova-iorquino Thomas Andrews e sua mulher Nancy denunciou uma clínica de fertilização de Manhattan, após ter tido uma filha de raça negra, apesar de não serem negros.

O casal, segundo informa na quinta-feira, 22, o jornal Daily News, tem uma filha anterior, de raça branca, nascida em 2002, mas decidiu apelar para uma clínica especializada, a New York Medical Services for Reproductive Medicine, diante dos problemas para conceber um segundo filho.

Em outubro de 2004, Nancy Andrews, de origem dominicana, deu à luz uma menina com traços afro-americanos, de pele muito mais escura que a de seus pais, segundo consta no processo citada pelo jornal.

O erro ficou comprovado quando o pai, de raça branca, se submeteu a vários testes de paternidade, que determinaram que a pequena não levava seu DNA, o que revela que sua mulher foi fertilizada com o sêmen de outro homem.

“Nós nos submetemos a um procedimento médico muito complexo só para ter um filho próprio. Nunca fomos informados que isto podia acontecer”, afirma o casal no processo.

Apesar de asseguram que amam sua filha, confessam que cada vez que a olham lembram do erro cometido pela clínica.

“Tememos que nossa filha seja alvo de chacotas de outras crianças no colégio e quando crescer”, explicam.

Segundo indica o jornal, a juíza da Corte Suprema Sheila Abdus-Salaam admitiu o trâmite do processo, embora tenha rejeitado algumas das partes da petição inicial, como a que alega o dano mental sofrido pelos pais.

Reconhece, no entanto, que pôde ter havido negligência por parte da clínica ao ter inseminado a mulher com sêmen errado, por isso que dará continuidade ao processo.

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