A Food and Drug Administration (FDA), retirou nesta sexta-feira (23), a suspensão temporária sobre a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson.
A aplicação do imunizante foi paralisada em todo o território americano no último dia 13 de abril para investigar os casos de seis mulheres que desenvolveram coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas após receberem a injeção. Uma delas morreu.
Dos 15 cientistas que integram o Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP), 10 votaram a favor do retorno das aplicações, 4 foram contrários e 1 se absteve.
“Identificamos eventos excepcionalmente raros – dentre milhões de doses da Janssen covid-19 administradas – e fizemos uma pausa para examiná-los com mais cuidado. Como sempre fazemos, continuaremos observando todos os sinais de perto à medida que mais americanos forem vacinados. Continuo a ser encorajada pelo crescente corpo de evidências do mundo real de que as vacinas covid-19 autorizadas são seguras e eficazes e protegem as pessoas contra doenças, hospitalização e morte”, declarou a diretora dos Centers for Disease Control (CDC), Rochelle P. Walensky, que integra o ACIP.
Walensky disse que uma análise de risco-benefício do CDC tornou a decisão fácil. A agência pesquisou e encontrou no total 15 casos prováveis de uma condição rara de coagulação do sangue chamada trombose com síndrome de trombocitopenia (TTS), com três mortes, entre mulheres com idade entre 18 e 59 anos. Esses casos correspondem a 0,0002% do total de 8 milhões de doses distribuídas até o momento.
Os relatórios indicaram o início dos sintomas entre 6 e 15 dias após a vacinação.
Por causa dessa condição, o FDA pediu a atualização do rótulo com um alerta sobre o risco para o aparecimento de um tipo raro de coágulo sanguíneo.
O órgão recomenda que as pessoas com dúvidas sobre qual vacina é a ideal para sua condição, entre em contato com seu provedor de saúde.
A retomada da vacinação com os imunizantes Johnson & Johnson devem começar já neste sábado.