O Aducanumab é o primeiro remédio liberado pela Food and Drug Administration (FDA) em um período de 18 anos para tratar pacientes com Alzheimer.
A novidade do medicamento é que ele promete atacar o processo de declínio cognitivo provocado pela doença, em vez de apenas tratar os sintomas.
A aprovação do FDA foi comemorada por pacientes e familiares, mas entre os especialistas a decisão dividiu opiniões. Isso porque um painel independente da agência de regulação considerou, em novembro do ano passado, que as evidências sobre a medicação eram insuficientes.
Durante a terceira fase de testes clínicos em pessoas com a versão leve da doença, o medicamento demonstrou uma redução no declínio cognitivo dos participantes; mas o resultado não conseguiu ser repetido em outro estudo.
Os testes chegaram a ser suspensos porque aparentavam não funcionar. A fabricante Biogen revisou os dados e disse que em doses mais altas da droga freou o avanço do Alzheimer em 22%.
A própria FDA reconheceu que ainda há dúvidas sobre a eficácia do remédio e que aprovação está condicionada a uma nova rodada de testes, que podem demorar anos. Mas enquanto isso a droga estará disponível para os pacientes.
O tratamento com o Aducanumab será por via intravenosa e custará em torno $56 mil por ano. Além dos custos para testes diagnósticos e imagens cerebrais.
Em todos os EUA, cerca de seis milhões de pessoas sofrem de Alzheimer, em todo o mundo o número chega a 30 milhões e pode dobrar até 2050.
Atualmente, os EUA possuem cinco medicamentos aprovados que podem atrasar a deterioração da perda de memória e pensamento em vários estágios de Alzheimer.