O governo anunciou, na quarta-feira (23), um endurecimento das sanções contra o setor de turismo de Cuba, proibindo pessoas sujeitas à jurisdição dos EUA de se hospedarem em propriedades designadas como pertencentes ao governo de Havana, entre outras medidas.
“As mudanças restringem a acomodação em certas propriedades em Cuba; a importação de bebidas alcoólicas de origem cubana e de tabaco; a assistência a, ou a organização de reuniões profissionais ou de conferências em Cuba; e a participação em determinados eventos públicos”, informou o Departamento do Tesouro em comunicado.
O governo Trump reverteu a política de abertura em relação a Cuba iniciada por seu antecessor Barack Obama, lançando uma bateria de sanções econômicas para restringir as receitas cambiais do governo de Havana.
O anúncio chega a 40 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, onde o estado da Flórida é um forte bastião eleitoral – com 29 votos – e onde existe uma importante colônia de cubanos que se opõe ao governo de Havana.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, se manifestou sobre o assunto, dizendo que as medidas “limitam os direitos dos americanos e afetam as famílias nos dois países”. “Enganam-se os inimigos de Cuba se apostam que essas ações eleitorais e oportunistas do presidente Trump violam os desejos dos cubanos”, publicou no Twitter.
O nova medida também proibiu que os americanos que visitem Cuba voltem com “produtos alcoólicos ou tabaco de origem cubana”. Antes havia um limite de compras destes produtos de $ 100 por viajante.