Estados Unidos

Estudo mostra que estudantes americanos estão endividados

Segundo ONG, 20% dos americanos com mais de 50 anos ainda têm de quitar dívidas contraídas para custear ensino

Da Redação com BBC Brasil –  Dados oficiais indicam que a dívida estudantil dos americanos alcançou $ 1,3 trilhão neste ano – o equivalente a 70% do PIB brasileiro em 2015. Esse montante, segundo o Federal Reserve, o Banco Central Americano, é devido por 43,3 milhões de pessoas.

Dívidas que alcançam os seis dígitos não são incomuns nos Estados Unidos, país onde há poucas universidades gratuitas e cerca de 70% dos estudantes recorrem a empréstimos para custear o ensino superior, segundo o governo americano.

A ONG Student Debt Crisis (crise da dívida estudantil), que tenta reformar o sistema de financiamento estudantil nos EUA, compilou vários depoimentos de ex-alunos com dívidas na casa dos seis dígitos.

De acordo com matéria da BBC, uma advogada recém-formada e desempregada na Califórnia com dívida próxima a $400 mil se diz “ansiosa e deprimida” com a perspectiva de jamais conseguir quitar o valor.

Uma ex-estudante em Montana afirma que, por causa dos juros, o empréstimo de $30 mil que pegou para completar a faculdade em 1993 hoje alcança $ 300 mil, embora jamais tenha deixado de pagar parcelas.

Diretora da Student Debt Crisis, Natalia Abrams diz à BBC Brasil que algumas pessoas com grandes dívidas ficam devendo pelo resto da vida. Segundo ela, 20% dos americanos com mais de 50 anos têm dívidas estudantis.

Mas ela afirma que os mais vulneráveis não são necessariamente quem deve mais, e que um dos grupos mais afetados são devedores que não conseguem completar a faculdade. Muitos largam o curso para trabalhar e atender a alguma demanda mais urgente, como os custos de um tratamento médico ou de um filho recém-nascido.

Sem o título universitário, não conseguem pleitear maiores salários e deixam de pagar a dívida, ficando impedidos de pegar outros empréstimos.

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