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Estudar no exterior: é possível?

Instituições de ensino mostram o “caminho das pedras” para quem quer cursar uma Universidade fora do país

MIT Campus
MIT Campus

Segundo uma pesquisa da Belta, associação nacional das agências de intercâmbio, o número de intercambistas entre 18 e 21 anos mais que dobrou: de 40,2 mil, em 2015, chegou a 90,9 mil em 2017. Apesar disso, muitos alunos em fase pré-vestibular ainda consideram estudar fora do país um sonho inalcançável ou até uma utopia, mas que fique claro: é possível e bem palpável.

É essencial que esses jovens tenham alguma orientação ao prestar vestibulares internacionais. No Colégio Salesiano há uma espécie de mentoria para esses alunos. “Ajudamos na busca das melhores universidades, como e quando fazer a inscrição, carta de recomendação e testes de proficiência”, explica a Coordenadora do Centro Salesiano de Idiomas do Colégio, Penha Gaspar Rodrigues, que também é aplicadora oficial dos exames TOEIC e examinadora dos testes internacionais da Cambridge University.

No Instituto Alpha Lumen, o processo de ingresso para universidades internacionais é fundamental – a grande maioria dos alunos participa de olimpíadas e diversos projetos, além de se prepararem para provas como o SAT/ACT e o TOFEL.

“Os estudantes do Alpha possuem uma preparação específica para o SAT e outros exames internacionais muito antes do último ano. Isso possibilita um estudo mais aprofundado de todo o conteúdo, além de diminuir fatores como estresse, ansiedade e nervosismo na hora de fazer a prova no último ano do ensino médio. São aulas, simulados, convívio com estudantes internacionais, construção do portfólio e consultoria para a escolha da universidade que mais se ajusta a seu perfil e propósito de vida”, explica Nuricel Villalonga, fundadora da Instituição.

No Alpha Lumen, os estudantes passam por orientação vocacional desde o 9ºano do Ensino Fundamental. O objetivo é que o estudante busque o autoconhecimento para delinear seu projeto de vida. Já no 3º ano do Ensino Médio, cada aluno é direcionado para uma preparação específica, segundo as demandas do curso escolhido pelo jovem.

“Durante todo o meu ensino fundamental e início do ensino médio eu não fazia ideia de que estudar no exterior era um objetivo atingível. Felizmente tive a oportunidade de estudar no Alpha, um lugar que transformou a minha ideia de ‘estudar no exterior’ de mito para objetivo. Estudei para os vestibulares nacionais e internacionais simultaneamente e consegui ótimos resultados em ambos”, conta Lucas Eras Paiva, de 19 anos, aluno que foi aprovado para a Wesleyan University, em Connecticut, USA.

Entre as instituições internacionais mais procuradas pelo pré-vestibulandos estão Harvard, MIT e Stanford. Hoje também há um grande fluxo de estudantes para universidades em Portugal, que têm aceitado a nota do Enem como critério de aprovação para alunos brasileiros. Além disso, a proximidade da língua e o baixo custo das universidades são pontos que agregam na escolha dos universitários.

Já os alunos que cursam uma faculdade no Brasil podem, por meio de parcerias que a IES (Instituição de Ensino Superior) oferece, fazer intercâmbios acadêmicos para realização de cursos ou até semestres fora do país. Na Faculdade Impacta, por exemplo, os estudantes têm a opção de realizar diferentes atividades como cursos extracurriculares ou disciplinas em universidades em diferentes países, como Reino Unido, Itália, Estados Unidos e Canadá.

É importante levar em consideração as diferenças entre escolas brasileiras e do exterior, que se resume basicamente na forma com que cada vestibular avalia o candidato. No Brasil, o sistema de avaliação de conhecimento de preparação de candidatos é, majoritariamente, mensurado por meio de provas com base nos conteúdos tratados pelas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio. Matérias como Geografia, Matemática, Português, Biologia, Química e Física têm papel preponderante. A Prova do Enem também tem peso em muitas instituições de renome nacionais. No entanto, o peso das disciplinas varia segundo o curso escolhido.

Por sua vez, a Redação, sempre estrela da prova, pode render até 1000 pontos ao candidato. Língua Portuguesa e Redação, portanto, têm um peso muito grande seja qual for a opção de curso. “Não há um modelo pré-estabelecido com pesos definidos. Algumas instituições incluíram, inclusive, em seu processo seletivo, entrevistas comportamentais ou avaliação de habilidades e competências cognitivas”, explica o diretor executivo da Faculdade Impacta, Pedro Paulo Alves.

No caso de vestibulares para universidades internacionais, deve-se levar em consideração o país onde está alocada a instituição escolhida pelo aluno. Nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema tem uma estrutura mais holística, que leva em conta diferentes aspectos da trajetória acadêmica do candidato. Por lá, o histórico, tanto acadêmico como biográfico, é avaliado. É preciso ter um portfólio de atividades de várias áreas e de cunho social, que mostre o que estudante busca construir, mesmo antes de ingressar na universidade. O perfil do aluno é estudado para entender a aderência ao perfil da Instituição.

Além dessa análise do histórico, conta também a nota do exame de admissão – no caso dos Estados Unidos, o SAT (Scholastic Assessment Test), ou Teste de Aptidão Escolar. Trata-se de um teste educacional padronizado para testar as qualificações e conhecimentos adquiridos durante o colegial e para servir de critério de admissão em graduações acadêmicas. No SAT, o candidato tem que ser proficiente na língua inglesa, possuir muito vocabulário e, de preferência, ter a certificação do Toefl, além de possuir uma boa matemática.

Por fim, o estudante que deseja cursar uma universidade fora tem que pesquisar muito todas as escolas que possuem o curso desejado e seu perfil, bem como o da cidade e seu entorno.

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