Nesta segunda-feira (28), o mundo celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA + (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Pessoas Intersexo), e essa comunidade obteve uma vitória.
A Suprema Corte recusou ouvir o caso de Gavin Grimm, um estudante transexual da Virgínia, que lutou por anos para usar o banheiro masculino em sua escola.
O tribunal americano rejeitou ouvir a apelação apresentada pelas autoridades escolares do estado de Virgínia, que se opõem a permitir que adolescentes transgêneros usem o banheiro de acordo com sua identidade.
A recusa, então, confirma a de um tribunal federal de apelações, que no ano passado deu razão para Grimm. O tribunal determinou que a escola violou as leis contra a discriminação ao não permitir que o aluno entrasse no banheiro masculino.
“Me alegra o fim da minha luta de anos para que minha escola me visse por quem eu sou”, disse o jovem de 22 anos, que começou a batalha judicial quando tinha 15. “A juventude trans merece usar o banheiro em paz, sem ser humilhada e estigmatizada pelas autoridades de sua própria escola e funcionários eleitos”, acrescentou em um comunicado.
Os direitos dos transgêneros são um campo de batalha política entre progressistas e conservadores nos Estados Unidos, e as chamadas “guerras dos banheiros” foram uma das frentes de maior destaque nos últimos anos.
O governo do ex-presidente Barack Obama pediu às escolas públicas que deixassem os estudantes usarem os banheiros e vestuários de acordo com o gênero com o qual se identificam. Seu sucessor, o republicano Donald Trump, eliminou essas normas em fevereiro de 2017. (Com informações da AFP)