Milhares de imigrantes de todas as nacionalidades e em todo o País cruzaram os braços nesta quinta-feira (16) no “Dia Sem Imigrante”. Lojas, restaurantes, construtoras estão fechados neste dia para chamar a atenção dos EUA para a importância do trabalho do imigrante para o funcionamento e para a economia do país. O movimento ganhou força pelas redes sociais e pode ser notado em diversos estados.
Em Washington D.C, os restaurantes, incluindo alguns dos mais famosos da cidade, decidiram fechar suas portas, ou trabalhar com capacidade reduzida, em solidariedade ao protesto contra a política anti-imigração do presidente Donald Trump.
“Em situação ilegal, moradores, cidadãos, imigrantes do mundo inteiro. Vamos todos nos unir”, diz um cartaz postado nas redes sociais, convocando a paralisação. “Senhor presidente, sem nós e sem nossa contribuição, este país paralisa”, continua a convocação.
O brasileiro Fabio Mozzer é proprietário de um pequeno negócio em Washington e aderiu ao movimento. “Eu tenho um pequeno business aqui em Washington, D.C. Todos os meus funcionários estão em casa apoiando nossos compatriotas e o imigrantes”, disse Fabio.
Em Massachusetts, onde é a comunidade imigrante e brasileira é grande, a adesão à paralisação foi grande. O paraibano Glenderson Costa contou ao AcheiUSA que muitas lojas e mercados estão fechados. “Eu tive que ir trabalhar porque trabalho em empresa americana, mas pelo que vejo nas ruas muita gente aderiu”, disse.
Nas cidades de Everett, Milford, Somerville e Rockland, grande parte do comércio e serviços estão fechados em apoio à causa.
Cláudio Ancia tem uma empresa de pintura em Woburn (MA) e está parada hoje. “Hoje nós estamos de luto em por dois imigrantes de todas a nação nos Estados Unidos. Viva os imigrantes”.
Mobilização na Flórida
Na Flórida alguns imigrantes também pararam, mas o movimento é considerado menor que em outras partes dos Estados Unidos. “Hoje não fui trabalhar não enviei meu filho”, disse Nice Ribeiro. “Aqui em Sarasota e também estou em casa!!! Apoio aos meus amigos conterrâneos”, disse André Santos.
O imigrante Renê trabalha para uma companhia que instala piso em Pompano Beach e ninguém foi trabalhar. “Hoje estamos de braços cruzados para mostrar que o trabalho do imigrante é importante e que sem eles o país para”.
O objetivo do movimento é que a mensagem chegue ao presidente Donald Trump e o estopim para a realização do movimento foi a ordem executiva (atualmente embargada) que proíbe a entrada de imigrantes de sete países muçulmanos nos Estados Unidos.