O aumento dos aluguéis e dos custos médicos fizeram a inflação dos Estados Unidos em janeiro apresentar o maior ritmo em quase quatro anos e meio, sinal de pressões inflacionárias que poderiam permitir que o Federal Reserve (banco central norte-americano) eleve os juros gradualmente neste ano. As informações são da agência de notícias Reuters.
O Departamento do Trabalho informou na sexta-feira (19) que o índice geral de preços ao consumidor ficou inalterado em janeiro, após recuar 0,1% em dezembro. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3%, o maior ganho desde agosto de 2011, após mostrar ganho de 0,2% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,2% no núcleo da inflação e recuo de 0,1% no índice geral da inflação.
Fed e os aumentos graduais
O Federal Reserve deve manter seu plano de elevar a taxa de juros dos Estados Unidos gradualmente, segundo afirmou na quinta-feira (18) o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, uma vez que suas projeções são de taxa de desemprego caminhando para 4,5% até o fim deste ano e a inflação subindo a 2% em dois anos.
A chair do Fed, Janet Yellen, disse na semana passada que o banco central norte-americano ainda deve aumentar os juros gradualmente mas reconheceu que o enfraquecimento da economia global e o forte tombo das bolsas de valores estão apertando as condições financeiras mais rapidamente do que o Fed deseja.