Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (30) a concessão de mais $378 milhões em ajuda humanitária à Síria e denunciou que o regime de Bashar al Assad recorre a “táticas terríveis para render o povo pela fome”.
“O regime está asfixiando milhões de sírios em Aleppo, impedindo a entrega de alimentos, água e medicamentos”, afirmou o secretário de Estado John Kerry, em um comunicado.
Ele também anunciou que, com a nova parcela, os Estados Unidos terão repassado no total $2,4 bilhões à Síria.
A ajuda dos Estados Unidos contribuíram, segundo Kerry, para alimentar quatro milhões de sírios no país e para ajudar outro 1,9 milhão de pessoas nos 300 hospitais e clínicas em todo o país.
“Nossa ajuda alimenta, protege e leva medicamentos e água a milhões de refugiados na região e em países como Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito, que recebem centenas de refugiados”, disse Kerry.
O secretário americano insistiu em que Washington continua comprometida “a encontrar uma solução política para a crise” – embora tenham fracassado os esforços para levar o regime e a oposição à mesa de negociações no início deste ano.
“É preciso acabar com a violência e com o derramamento de sangue e trabalhar para um futuro de dignidade e de liberdade que todos os sírios merecem”, acrescentou Kerry.
A chefe de Operações Humanitárias das Nações Unidas, Valerie Amos, disse esperar que as agências humanitárias continuem enviando ajuda para a população síria “nos próximos dias”, passando por Turquia e Jordânia, após uma primeira operação realizada em 24 de julho.
“Nos próximos dias, espero poder confirmar o envio de outros comboios através dos pontos de passagem designados”, completou Amos, em um comunicado publicado depois que ela informou o Conselho de Segurança da ONU sobre a situação humanitária na Síria.