Os Estados Unidos admitiram 11.411 refugiados no ano fiscal de 2021 – que vai de outubro de 2020 a setembro de 2021 -, menor número em 40 anos. Antes, o menor número tinha sido registrado no ano fiscal de 2020 com 11.814 admissões.
O Refugee Act foi criado em 1980 para regulamentar a entrada de refugiados de países em guerra ou em crise humanitária. O programa oferece benefícios imigratórios e oportunidades para que essas pessoas vivam com dignidade nos Estados Unidos.
De acordo com advogados que atuam na área, o problema teve início com a eleição de Donald Trump, que reduziu drasticamente o número de refugiados aceitos no País e foi agravado durante a pandemia.
O presidente Joe Biden aumentou a cota para admitir refugiados para 62.500, mas a meta não foi atingida nem de longe. “Estamos tristes, mas não surpresos com esse recorde no último ano fiscal. Isso é reflexo da administração Trump que, em quatro anos, praticamente acabou com o programa de refugiados”, disse Krish Vignarajah, president do Lutheran Immigration and Refugee Service.
“Reconstruir o programa de refugiados ficou complicado com a pandemia, que atrasou todo o sistema para essas admissões”.
A administração Biden se comprometeu a aumentar a cota de refugiados para 125 mil em 2022.