O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, foi preso ao desembarcar em Brasília, no último sábado (14). Ele comprou sua passagem de Miami, na Flórida, onde passava férias com a família, para o Brasil, usando apenas os dois primeiros nomes: Anderson Gustavo, e chegou ao país sem seu aparelho celular, segundo apurou a TV Globo. Escoltado por policiais, ele recebeu ordem de prisão pela Polícia Federal assim que desceu do avião e foi levado para o hangar da PF.
Poucas horas depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou a realização da audiência de custódia, uma etapa protocolar necessária para que o preso seja apresentado ao juiz e para que a legalidade da prisão seja analisada. A audiência não discute o mérito do processo, nem a acusação. Torres deve permanecer preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, na região administrativa do Guará, em Brasília, até nova decisão do STF.
O ex-secretário de Segurança Pública teve sua prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes depois dos ataques ocorridos em Brasília no domingo (8). Segundo o ministro do STF, ele foi preso por “omissão dolosa e criminosa”, com intenção de facilitar a prática de atos de vandalismo no Distrito Federal. Além do pedido de prisão, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Anderson Torres, em Brasília, onde foi encontrada a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.