Diante da possibilidade de operações do ICE (Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira) em escolas, educadores e autoridades locais têm adotado medidas para proteger estudantes imigrantes. Sindicatos de professores, organizações de direitos civis e administrações escolares estão fornecendo orientações sobre como lidar com a presença de agentes de imigração. Em diversos distritos, diretores e professores são instruídos a não compartilhar informações dos alunos e a encaminhar qualquer solicitação do ICE para a assessoria jurídica. Além disso, algumas escolas estão treinando funcionários para identificar os tipos de mandados judiciais que permitem ou não a entrada de agentes nos prédios escolares.
Em 20 de janeiro de 2025, o Departamento de Segurança Interna (DHS) emitiu uma nova diretriz que revogou a política anterior e passou a permitir que agentes do ICE e da CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras) realizem operações em locais anteriormente considerados protegidos, como escolas, igrejas e hospitais. Essa mudança gerou preocupação entre alunos, pais e educadores, especialmente em comunidades com grande número de imigrantes. Embora não haja relatos confirmados de agentes do ICE atuando dentro de escolas até o momento, o medo de possíveis intervenções já afeta o ambiente escolar, com aumento da ansiedade entre estudantes e quedas na frequência escolar em algumas regiões.
Enquanto isso, algumas autoridades estaduais apoiam a ampliação da atuação do governo federal, incluindo propostas para exigir que pais informem o status migratório dos filhos ao matriculá-los, o que gera controvérsia sobre o direito à educação garantido a todas as crianças nos EUA, independentemente da situação imigratória. O governo Trump defende que a revogação das restrições permite que as autoridades de imigração cumpram suas funções sem limitações indevidas, argumentando que criminosos não devem usar escolas e igrejas como refúgios para evitar a aplicação da lei.
Especialistas destacam que a simples possibilidade de ações do ICE já afeta o aprendizado e o clima escolar. Grupos de apoio e educadores reforçam que o papel da escola deve ser garantir um ambiente seguro para os estudantes, livre de medo e interrupções, independentemente do contexto político e migratório do país.