Uma enfermeira britânica foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional nesta segunda-feira (21) pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros seis bebês no hospital onde ela trabalhava na Grã-Bretanha. As suspeitas contra Lucy Letby, de 33 anos, começaram em 2015, quando o Hospital Countess of Chester passou a registrar um número elevado de mortes em sua unidade, muitas delas categorizadas como “inexplicáveis”. Com a sentença, Letby entra para a história como a maior assassina em série de crianças dos últimos tempos no Reino Unido.
Segundo as autoridades, Letby matou os bebês entre junho de 2015 e junho de 2016, aplicando neles injeções letais de ar. Ela também foi considerada culpada pela tentativa de homicídio de outras seis crianças na unidade neonatal do hospital, e o júri ficou indeciso com relação a outros quatro casos de tentativa de assassinato. Durante o julgamento, Letby insistiu que não machucou nenhum dos bebês e atribuiu as mortes a falta de higiene e funcionários do hospital.
Na segunda-feira (21), Letby recusou-se a comparecer ao banco dos réus, provocando protestos sobre alteração das leis britânicas para que os réus compareçam às audiências de sentença. “Acho covarde que pessoas que cometem crimes tão horrendos não enfrentem suas vítimas e não ouçam em primeira mão o impacto que seus crimes tiveram sobre elas, suas famílias e entes queridos”, disse o pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.
O julgamento, que durou mais de dez meses, está entre os mais longos da história do Reino Unido.
