A COP29, que está ocorrendo em Baku, Azerbaijão, trouxe à tona um debate crescente sobre a energia nuclear como uma das soluções para os desafios climáticos globais. A proposta de expandir a capacidade nuclear para reduzir as emissões de carbono e combater o aquecimento global tem implicações diretas para a Flórida, que já depende de usinas nucleares para suprir parte da sua demanda elétrica.
Na Flórida, a energia nuclear é gerada principalmente pelas usinas Turkey Point, em Miami, e St. Lucie, perto de Fort Pierce. Essas plantas são responsáveis por uma parcela significativa da eletricidade do estado, sem emissões de gases de efeito estufa, já que utilizam a fissão nuclear para gerar energia. No entanto, essas usinas enfrentam desafios relacionados a desastres naturais, como furacões e o aumento do nível do mar, problemas comuns em estados costeiros. A segurança e a resiliência dessas instalações diante das mudanças climáticas têm sido amplamente discutidas, especialmente após os impactos de desastres naturais na infraestrutura local.
A COP29 também destacou o potencial dos pequenos reatores modulares (SMRs), uma tecnologia emergente que promete ser mais flexível e segura do que os reatores tradicionais. Esses reatores seriam uma solução mais adaptável às condições climáticas da Flórida e poderiam ajudar o estado a aumentar sua produção de energia limpa. O interesse por SMRs cresce especialmente entre países que buscam complementar a energia renovável, como solar e eólica, que são intermitentes.
Apesar do crescente apoio a essa tecnologia, ainda existem desafios significativos. O custo de construção de novas usinas nucleares e a resistência pública em alguns países, como Alemanha e Japão, mostram que a expansão da energia nuclear não é uma solução simples. Na Flórida, adaptar as usinas existentes às novas exigências de segurança e resiliência climática, além de explorar novas tecnologias como os SMRs, será crucial para garantir o uso seguro e eficaz da energia nuclear.