O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou na terça-feira (22) “persona non grata” o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson, e lhe deu 48 horas para deixar o país.
O governante fez o anúncio durante o ato em que foi proclamado como presidente reeleito, depois das questionadas eleições de domingo, não reconhecidas pelos EUA, e assegurou que Robinson atuou como “conspirador” na Venezuela.
Maduro foi reeleito com 58% dos votos na eleição deste domingo, que foram marcadas por denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.
Após o anúncio do resultado, Trump assinou uma ordem executiva banindo o envolvimento de cidadãos norte-americanos em negociações de títulos da dívida da Venezuela e de outros ativos.
Em uma conferência de imprensa com jornalistas, altos funcionários do governo Trump explicaram que estas ações pretendem impedir que Maduro venda ativos públicos venezuelanos em troca de subornos.
“A ordem executiva fecha outra via de corrupção que tem sido usada: nega aos funcionários venezuelanos corruptos a capacidade de valorizar indevidamente e vender ativos públicos em troca de subornos”, indicaram as fontes.
Assim, a ordem executiva proíbe a cualquer cidadão, instituição ou empresa americana adquirir dívida venezuelana ou ativos e propriedades pertencentes ao regime da Venezuela nos Estados Unidos, inclusive aqueles investimentos derivados da Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA).
O objetivo é aumentar a pressão sobre o regime de Maduro, e também limitar sua capacidade de obter liquidez, inclusive nas contas a receber, do regime venezuelano como é o caso da petroleira estatal PDVSA e do Banco Central Venezuelano.