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Embaixada dos EUA na Rússia pede que cidadãos deixem o país imediatamente

Com capacidade limitada para atender americanos na Rússia, EUA pedem retorno imediato de seus cidadãos antes de possíveis ataques "mais violentos" de Moscou contra a Ucrânia

A embaixada dos Estados Unidos na Rússia divulgou, na segunda-feira (13), um comunicado pedindo que seus cidadãos deixem urgentemente o país devido à guerra na Ucrânia e ao risco de prisão indevida por parte do governo russo. “Os cidadãos americanos que residem ou viajam no país devem partir imediatamente”, alertaram as autoridades.

A nota cita também “capacidade limitada” da embaixada em lidar com eventuais problemas envolvendo americanos visitando ou vivendo na Rússia. “A capacidade do governo dos EUA de fornecer serviços de rotina ou de emergência a cidadãos americanos na Rússia é severamente limitada, principalmente em áreas distantes da Embaixada dos EUA em Moscou, devido às limitações do governo russo em viagens para funcionárias e funcionários da embaixada e à suspensão contínua das operações, incluindo serviços consulares”, afirmou.

Essa não é a primeira vez que os Estados Unidos advertem seus cidadãos para deixarem a Rússia. O último aviso público foi em setembro, depois que o presidente Vladimir Putin ordenou uma mobilização militar parcial. Os americanos temem que o governo russo recrute irregularmente cidadãos com dupla nacionalidade. “A Rússia pode se recusar a reconhecer a cidadania americana de cidadãos com dupla nacionalidade, negar seu acesso à assistência consular dos EUA, sujeitá-los à mobilização, impedir sua saída da Rússia e/ou recrutá-los”, disse John Kirby, porta-voz do National Security Council.

Além disso, a embaixada americana acusa o governo russo de não reportar as detenções de seus cidadãos no país, enquanto a Rússia afirmou a abertura de um processo criminal contra cidadãos dos Estados Unidos por suspeita de espionagem, conforme divulgou o Serviço Federal de Segurança (FSB) do país em janeiro.

O alerta de saída aos cidadãos americanos vem logo após a inteligência militar da Ucrânia declarar que os ataques de Putin ao país podem “ficar mais violentos” à medida que a primavera se aproxima. Em 24 de fevereiro, o conflito entre Rússia e Ucrânia completa um ano.

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