O ex-presidente Donald Trump fez um discurso em Mar-a-Lago, sua residência na Flórida, na noite de terça-feira (4), após retornar de New York, onde responde por 34 acusações criminais, incluindo falsificação de registros comerciais em conexão com a ocultação de pagamentos à uma atriz pornô.
Em sua primeira fala pública após comparecer à corte, Trump atacou o promotor distrital Alvin Bragg e minimizou a gravidade das acusações criminais que enfrenta. Trump disse que retornou de “em um distrito local falido que acusa um ex-presidente dos Estados Unidos pela primeira vez na história com base no que todos os especialistas e analistas jurídicos dizem não ser um caso”. E acrescentou: “Não há nada que me incrimine”.
Trump afirmou ainda que Bragg deveria ser processado ou renunciar por vazamento ilegal de informações do grande júri. Ele também mirou no juiz Juan Merchan, apontando-o como um “juiz que odeia Trump, com uma esposa e família que odeiam Trump”.
Trump encerrou seu discurso em clima de campanha presidencial, afirmando que “os EUA estão uma bagunça”. “Nossa economia está quebrando, a inflação está fora de controle, a Rússia se juntou à China. Você pode acreditar nisso? A Arábia Saudita se uniu ao Irã. Isso nunca teria acontecido se eu fosse presidente”, acrescentou.
Na plateia estavam os filhos do ex-presidente, Eric Trump, Donald Trump Jr. e Tiffany Trump — Ivanka, a filha mais velha, não estava presente; ela vem mantendo distância das atividades de campanha de Trump desde que ele anunciou sua candidatura à reeleição. Também compareceram para o discurso em Mar-a-Lago o candidato republicano derrotado ao governo do Arizona, Kari Lake, e o deputado Matt Gaetz (R-Fla. ). O CEO da MyPillow, Mike Lindell, e a deputada Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) também foram vistos no meio da multidão.
Do lado de fora, centenas de apoiadores do ex-presidente cantavam e agitavam bandeiras durante uma manifestação para recebê-lo em casa, em West Palm Beach.