O presidente Donald Trump afirmou nesta quarta, 22, que irá intensificar as medidas contra a imigração e que milhares de terroristas estariam nos Estados Unidos, acusando a política de seu antecessor de ser permissiva. Também disse que países como a Venezuela haviam transferido as gangues de suas ruas para os Estados Unidos, e ressaltou que tomará providências. As declarações foram feitas durante sua entrevista ao canal Fox News.
Trump ainda criticou a decisão do ex-presidente Joe Biden de perdoar pessoas de sua própria família, alguns membros do comitê de 6 de janeiro, testemunhas e o Dr. Anthony Fauci, e comentou que achava engraçado o fato de Biden não ter se perdoado. Ao ser questionado pelo apresentador Sean Hannity, se ele gostaria que Biden fosse investigado, respondeu que essa era uma decisão do Congresso.
Sobre o perdão de cerca de 1.500 pessoas indiciadas pelo ataque ao Capitólio, o republicano justificou que a maioria era absolutamente inocente e que ocorreram apenas pequenos incidentes.
Já ao falar sobre os incêndios, o presidente mais uma fez críticas ao governador Gavin Newsom e culpou as políticas de conservação do estado pela falta de água para combater aos incêndios. Trump afirmou que o governo federal não deveria “dar nada à Califórnia”, a menos que o estado revertesse sua política hídrica.
TikTok
Questionado por Hannity sobre preocupações de que a coleta de dados do TikTok poderia deixar as informações pessoais dos americanos vulneráveis à China, Trump argumentou qual seria a importância em se espionar jovens e crianças “assistindo a vídeos malucos”. Ele também comentou que há muitos interessados em comprar ” o aplicativo nos Estados Unidos, o que permitiria que ele continuasse a operar domesticamente sem infringir a lei.
No seu primeiro mandato, o republicano emitiu uma ordem executiva banindo efetivamente o TikTok, dizendo que a coleta de dados feita pela plataforma poderia permitir que o Partido Comunista Chinês tivesse acesso às informações pessoais e proprietárias dos americanos.
Arquivos do FBI
Sobre os chamados “arquivos secretos” do FBI, Trump falou que buscará divulgar imediatamente os materiais acerca do assassinato de John F. Kennedy, assim que forem revisados.
Ele mencionou que em seu primeiro mandato chegou a liberar alguns desses arquivos, mas que foi desencorajado pelo então Secretário de Estado, Mike Pompeo, a tornar público esse conteúdo.
Em outubro de 2017, o governo divulgou mais de 2.800 registros relativos ao crime, mas após solicitações das agências de segurança nacional suspendeu novas divulgações.
