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Em eleição histórica, delegado da PF do Brasil é eleito chefe da Interpol

Essa é a primeira vez que um brasileiro assume a liderança da Interpol, dirigida predominantemente por europeus e norte-americanos

Valdecy Urquiza é eleito secretário-geral da Interpol. Foto: Agência Gov

A Interpol, rede internacional de polícias, elegeu na terça-feira (25) o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza como o novo secretário-geral da instituição. Responsável pela parte operacional do organismo, na prática, ele passa a comandar a rede. Urquiza, que é diretor de cooperação internacional da PF e vice-presidente da Interpol para as Américas, foi escolhido após um processo no qual o comitê executivo da organização, composto por 13 países, votou a favor de sua candidatura com 8 votos, contra 3 votos dados ao seu concorrente inglês.

Essa eleição histórica marca a primeira vez que um brasileiro assume a liderança da Interpol, que durante 100 anos foi dirigida predominantemente por europeus e norte-americanos. A decisão do comitê executivo será levada à assembleia-geral da Interpol em novembro, onde espera-se que o nome de Urquiza seja ratificado pelos 195 países membros.

Em entrevista à CNN no ano passado, Urquiza destacou a necessidade de diversificar a liderança da Interpol. Ele descreveu o papel do secretário-geral como fundamental na implementação das estratégias definidas pela assembleia-geral e pelo comitê executivo, comparando-o ao CEO de uma empresa.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, elogiou a indicação de Urquiza, destacando sua qualificação e o reconhecimento internacional da excelência da Polícia Federal brasileira no combate ao crime organizado. O Itamaraty também afirmou que a eleição de Urquiza reflete o compromisso do governo brasileiro no enfrentamento à criminalidade internacional e na cooperação policial global.

Segundo apuração da CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolveu-se diretamente nas negociações, contatando chefes de Estado dos países do comitê executivo para apoiar a eleição de Urquiza. Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, também contribuiu com as interlocuções.

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