Em campanha presidencial, na segunda-feira (26), na cidade fronteiriça de Eagle Pass, no Texas, o governador da Flórida Ron DeSantis falou mais uma vez sobre o plano abrangente de política de imigração que pretende colocar em prática se for eleito. A ação incluiria aumento da fiscalização nas fronteiras e o fim da cidadania de filhos de imigrantes indocumentados nascidos nos EUA. Direito concedido pela 14ª emenda, o país concede cidadania automaticamente a qualquer pessoa nascida dentro de suas fronteiras.
Durante o discurso, DeSantis disse também que vai acabar com o “catch and release” (pegar e soltar), política que permite que migrantes capturados na fronteira sejam soltos nos EUA enquanto aguardam audiência de asilo. O republicano afirmou ainda que pretende completar a obra do muro fronteiriço, projeto do ex-presidente e seu atual oponente na corrida pela Casa Branca, Donald Trump.
Se eleito, DeSantis afirmou que dará carta branca para os agentes da Patrulha de Fronteira “responder com força” se pegarem traficantes de drogas tentando entrar no país. “Eles vão acabar mortos como resultado dessa má decisão”, disse. “A razão pela qual estou realmente motivado sobre esta questão é porque ouvi as pessoas em DC por anos e anos e anos. Republicanos e democratas sempre tagarelando sobre isso e nunca levando a questão a uma conclusão, nunca realmente fazendo o trabalho”, criticou.
O governador da Flórida prometeu também cortar centenas de milhões de dólares em financiamento para as chamadas “jurisdições santuário” que se recusarem a cooperar com a lei federal de imigração. “Acho que os estados têm um papel a desempenhar”, disse DeSantis. “Posso dizer a vocês, como presidente, que vamos pressionar todos os governos estaduais e locais para poder fazer cumprir a lei de imigração”, concluiu.