Proprietário da rede social X, o bilionário Elon Musk irá depor à Câmara dos Deputados dos Estados Unidos em 8 de maio pelas acusações de abuso de autoridade ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil.
No início de abril, Moraes incluiu Musk na investigação sobre as milícias digitais e determinou uma multa diária de R$ 100 mil caso desobedeça a qualquer ordem judicial, como reativar perfis bloqueados judicialmente.
Musk então divulgou uma série de emails e documentos que indicam suposta pressão de Moraes ao X, antigo Twitter, para derrubar contas ou fornecer dados de usuários, sem que eles tenham descumprido termos da plataforma. O bilionário tem feito diversas publicações sobre Alexandre de Moraes, acusando o ministro de promover censura no Brasil.
Na quarta-feira (17), um outro comitê da Câmara dos Deputados americana, o Comitê de Assuntos Judiciários, divulgou um relatório de 541 páginas sobre “ataques à liberdade de expressão” no Brasil. Para os deputados republicanos, a decisão de Moraes para a derrubada de perfis no X foi classificada como “censura”. Também afirmam que, nesse contexto, “alguns governos estrangeiros estão erodindo valores democráticos básicos e sufocando o debate em seus países”.
“Os ataques à liberdade de expressão no estrangeiro servem de alerta para a América. Desde o seu compromisso público com a liberdade de expressão, Elon Musk tem enfrentado críticas e ataques de governos de todo o mundo, incluindo os Estados Unidos”, diz o relatório. O texto é assinado pelo republicano Jim Jordan, aliado político do ex-presidente Donald Trump.
*com informações do Metrópoles e Brasil de Fato