Eleitores da Califórnia, Vermont e Michigan aprovaram, na terça-feira (8), medidas que consagram o direito ao aborto em suas constituições estaduais, enquanto o estado conservador de Kentucky, onde o aborto é atualmente proibido, rejeitou uma emenda que restringiria o acesso ao procedimento em o nível estadual. Montana, por sua vez, considera um referendo eleitoral que pode impor penalidades criminais aos profissionais de saúde que não agem para preservar a vida de bebês nascidos vivos durante um aborto.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, democrata que ganhou a reeleição, disse que era “um motivo de orgulho” que o aborto agora fosse protegido pela constituição estadual. “É um ponto de princípio e é um ponto de contraste”, disse ele, “em um momento de tanta divisão em todo o país”.
Os resultados chegam meses depois da Suprema Corte remover o direito constitucional ao aborto, mostrando que, quando consultados diretamente, grande parte dos americanos prefere preservar o direito de interromper uma gravidez.
Em agosto, o Kansas também havia rejeitado uma medida eleitoral que daria à legislatura estadual autoridade para restringir o acesso ao aborto.
Nos quatro meses desde que a Suprema Corte derrubou Roe v. Wade, 13 estados passaram a proibir o aborto desde a concepção, incluindo Texas, Louisiana e Tennessee.