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Eleições primárias na Argentina fazem dólar passar de R$ 4

Na manhã desta terça-feira (13), moeda americana chega a ser vendida a R$ 4,08

O resultado das eleições primárias na Argentina fez o dólar disparar. O dólar comercial fechou segunda-feira (12) vendido a R$ 3,984, com alta de R$ 0,042 (1,06%). A moeda opera em alta nesta terça-feira (13), sendo vendida a R$ 4,008. Esse foi o maior valor para o dólar desde 28 de maio (R$ 4,02).

No mercado de ações, o Índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), também teve um dia turbulento e encerrou aos 101.915 pontos, com desvalorização de 2%.

O mercado financeiro da região atravessa momentos de volatilidade, após o candidato da oposição às eleições presidenciais argentinas, Alberto Fernández, ter obtido 47,65% dos votos na votação primária de domingo (11), contra 32,08% do presidente Alberto Macri, que tenta a reeleição. O índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, caiu 37,93% apenas nesta segunda-feira, na maior queda diária no mercado de ações na história do país.

Ao longo do dia, o dólar chegou a superar a barreira de 60 pesos argentinos, mas fechou em 52,14 pesos. A moeda do país vizinho desvalorizou-se 14,99% somente hoje. Para conter a saída de capitais, o Banco Central da Argentina aumentou os juros básicos do país para 74% ao ano. O risco país argentino, que mede a probabilidade de o país dar calote na dívida pública, encerrou esta segunda-feira em 1.936 pontos, contra 1.017 pontos de sexta-feira (9).

Reação do mercado

A derrota de Maurício Macri nas eleições primárias da Argentina levou pânico ao mercado financeiro do país. Nesta segunda-feira (12), o peso argentino fechou em queda de 15,27%, cotado a 53,5 pesos por dólar – no pior momento do dia, chegou a valer 65 pesos por dólar. A bolsa de valores recuou 37,93%.

Na leitura dos investidores, a derrota do presidente Macri coloca em risco a agenda de reformas da Argentina. Vencedor das primárias, o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández é visto como menos comprometido com os ajustes econômicos.

A queda da bolsa nesta segunda foi puxada pelo setor financeiro e energético. Segundo a agência Reuters, o mercado financeiro registrou uma a pior sessão desde a crise econômica de 2001.

De acordo com o chefe global de estratégia cambial da Brown Brothers Harriman, Win Thin, para questões de negociações globais o mercado de peso não tem um impacto mensurável. Ele não espera um contágio em mercados emergentes.

A Argentina enfrenta um quadro bastante complicado na economia. O país está em recessão, tem uma inflação elevada e teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). (Com informações do G1 e Agência Brasil)

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