A eleição presidencial de 8 de novembro nos Estados Unidos contará com a participação de mais de 13 milhões de eleitores latinos, quase dois milhões a mais do que em 2012 – de acordo com estimativas publicadas nesta terça-feira (23).
Segundo um estudo lançado pela National Association of Latino Elected Officials (Naleo, Associação Nacional de Latinos Eleitos), esse total pode ser ainda maior, dependendo dos candidatos na reta final da disputa e dos esforços específicos despendidos por republicanos e democratas para angariar o importante voto hispânico.
Para o diretor-executivo da Naleo, Arturo Vargas, o contingente do eleitorado latino aumentou pelo menos 17% em cada eleição presidencial em comparação ao pleito anterior desde 2004, mas nenhum candidato de nenhum dos grandes partidos pode afirmar que tem influência decisiva sobre esse grupo.
“Com mais de 13,1 milhões de latinos que devem ir às urnas para fazer ouvir sua voz, nenhum candidato, ou partido político, pode se permitir dar nosso voto como certo, se quiser ganhar a corrida para a Casa Branca”, advertiu Vargas, ao apresentar o estudo da Naleo à imprensa.
“Ninguém mais pode esperar que os latinos votem em um candidato apenas porque tem nome latino, ou fale espanhol”, afirmou.
Vargas disse acreditar que esse número de 13,1 milhões de votos latinos “seja apenas o piso” previsto, já que nos EUA vivem 27,3 milhões de latinos que estão habilitados a votar. Quase metade deles pertence à chamada “Geração Y”, que alcançou a maioridade por volta dos anos 2000.
Numericamente, o maior contingente de eleitores latinos está concentrado no estado do Texas, no sul do país. Lá, os latinos representam 39% da população e 23% dos eleitores registrados. Isso significa quase uma em cada quatro pessoas.
No Colorado, a Naleo considera que pelo 277.000 latinos vão votar, um importante avanço de 7% sobre os 259.000 que foram às urnas em 2012.