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El Salvador oferece abrigar criminosos violentos dos EUA e deportados de qualquer nacionalidade

Presidente de El Salvador sugere taxa para manter detentos no país; proposta é elogiada por Marco Rubio, mas levanta questões legais nos EUA.

O Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em El Salvador, considerado a maior prisão do mundo, projetado para abrigar até 40 mil detentos, é alvo de denúncias de superlotação e violações de direitos humanos. Foto: Reprodução TV

El Salvador ofereceu abrigar criminosos violentos dos EUA e receber deportados de qualquer nacionalidade, anunciou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na segunda-feira, 3. O presidente Nayib Bukele propôs que seu país receba criminosos condenados, incluindo cidadãos americanos, em troca de uma taxa. Segundo Bukele, esse valor seria relativamente baixo para os EUA, mas significativo para El Salvador, ajudando a financiar o sistema prisional salvadorenho.

Após se reunir com Bukele, Rubio chamou a proposta de “sem precedentes”. E afirmou que El Salvador estaria disposto a aceitar inclusive membros de gangues como MS-13 e Tren de Aragua. O Departamento de Estado reforçou que o país centro-americano aceitaria não só criminosos já deportados, mas também alguns que ainda cumprem pena nos EUA.

No entanto, a deportação de cidadãos americanos enfrenta obstáculos legais, já que a legislação dos EUA impede a remoção de seus próprios cidadãos, salvo em casos excepcionais. Além disso, a proposta surge em meio a críticas sobre as condições prisionais em El Salvador, com denúncias de superlotação e abusos contra detentos, segundo organizações de direitos humanos.

A oferta de El Salvador reflete um aprofundamento da cooperação entre os dois países em segurança e migração, mas levanta questões jurídicas e éticas. Sua implementação dependeria de negociações detalhadas e poderia enfrentar obstáculos legais significativos nos EUA.

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