Um mercado de trabalho robusto e a redução da pressão inflacionária forma os principais ingredientes na gradual recuperação da economia dos EUA depois da pandemia de covid-19. Apesar do fantasma de uma recessão, os consumidores continuaram gastando em 2022.
O Produto Interno Bruto (soma de toda a riqueza do país) cresceu a uma taxa de 2.9% durante o quarto trimestre passado, segundo divulgou o Departamento do Comércio na quinta-feira (26). O indicador mais fundamental da economia americana, os gastos com consumo, mostrou um crescimento de 2.1%, ainda segundo o Departamento.
“A economia continua rodando”, disse Michael Gapen, diretor do Bank of America, ao jornal The New York Times. “Houve mais aquecimento econômico no final do ano do que pensávamos, em boa parte por causa do consumo doméstico”.
Resta saber se esse bom desempenho vai continuar em 2023. A inflação permanece alta, e espera-se que o FED, o banco central, continue aumentando as taxas de juros para manter os preços sob controle. Alguns economistas alertam que uma recessão ainda é possível.
Os setores ligados ao crédito, entretanto, tiveram uma redução em 22. Os mercados de construcão civil e imobiliário, por exemplo, tiveram uma substancial retração no ano que passou. E no começo de 2023 alguns gigantes do setor de tecnologia, como Google e Meta, anunciaram demissões em massa, dispensado dezenas de milhares de funcionários.