O The Wall Street Journal publicou uma extensa reportagem na quinta-feira (22) sobre a ‘explosão’ da demanda de esperma de americanos loiros e morenos de olhos azuis por brasileiras de classe média alta. Uma enviada especial a São Paulo (SP) entrevistou mulheres que estão importando DNA de homens jovens e de origem caucasiana.
De acordo com Michelle Ottey, diretora de um laboratório de fertilização na Virgínia, mais de 500 frascos com sêmen congelado em nitrogênio líquido foram exportados para o Brasil em 2016. Em 2011, foram apenas 16. O diretor do Seattle Sperm Bank, Frederik Andreasson, afirma que ‘a vasta maioria quer doadores de cabelos loiros e olhos azuis”.
Mas para importar o sêmen americano é necessário ter dinheiro. Cada frasco custa cerca de $1500, mais $7000 para importar, fora o procedimento médico.
Em 2016, 41% dos importadores de sêmen dos EUA eram casais heterossexuais, 38% mulheres solteiras e 21% de casais de lésbicas.
A brasileira Alessandra Oliva é um exemplo. Ela escolheu um doador com cabelos pretos e olhos azuis. Ela explica que escolheu o banco de doadores nos EUA porque é possível encontrar mais informações do que no Brasil. Ela teve 29 páginas com informações sobre o doador pai de seu filho de 14 meses, incluindo testes para doenças genéticas. “No Brasil, os bancos informam a cor do cabelo, dos olhos e qual o signo no zodíaco”, brinca Alessandra.