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Doral fecha parceria com ICE e comunidade imigrante teme perseguição

Cidade da Flórida que abriga maior número de venezuelanos vai permitir que a polícia local atue como braço da imigração, e população imigrante se sente "perseguida e traída".

Doral, na Flórida, abriga a maior comunidade venezuelana dos Estados Unidos. Foto: Wikimedia Commons/Richard N Horne

A cidade de Doral, em Miami-Dade, está prestes a assinar um acordo com o ICE que permite à polícia local interrogar, deter e processar imigrantes suspeitos de estarem em situação irregular. A notícia alarmou a comunidade venezuelana, que representa 40% da população local. Segundo um membro do Venezuelan American Caucus, a medida representa uma “traição à confiança dos eleitores que apoiaram Donald Trump nas eleições”.

Apesar de autoridades locais garantirem que o objetivo “não é criminalizar os imigrantes”, a mídia noticia que o medo já tomou conta das ruas. Moradores temem que a parceria transforme a cidade em um lugar hostil, onde denunciar crimes ou andar pelas ruas pode se tornar perigoso para quem não tem status legal. A polícia de Doral passaria a atuar sob um programa federal que já foi acusado de provocar detenções ilegais e discriminação, o 287 (g).

A retomada do 287 (g) pelo governo Trump começou em janeiro, e Doral pode se juntar a cidades como Hialeah, Coral Gables e Key West, que já participam da versão “Task Force” — modelo que permite à polícia deter qualquer pessoa que pareça “estrangeira”.

Além do fim do TPS para venezuelanos, centenas já foram mandados a El Salvador ou receberam ordens de “autodeportação” após perderem benefícios como o “parole” humanitário.

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