Na segunda-feira (10), o dólar fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,3567, renovando o maior patamar desde janeiro de 2023. Pela manhã, a moeda norte-americana chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,38, mas desacelerou parte do avanço ao longo do dia, alcançando a máxima de R$ 5,3886.
Os investidores seguiram atentos a possíveis sinais sobre o cenário fiscal do Brasil e a uma série de indicadores importantes que serão divulgados ao longo da semana. No mercado doméstico, o foco principal é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cujo resultado será divulgado na terça-feira. As expectativas do mercado, conforme apurado pela agência de notícias Reuters, indicam uma nova alta do indicador.
No cenário internacional, as atenções estão voltadas para os dados de inflação dos Estados Unidos e suas implicações nas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Tanto o índice de preços quanto a nova decisão de política monetária devem ser conhecidos nos próximos dias.
Na quarta-feira, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgará os dados de preços ao consumidor. Analistas consultados pela Reuters esperam uma desaceleração, com alta de 0,1% ao mês, ante o ganho de 0,3% em abril. No mesmo dia, espera-se que o Fed mantenha inalterada sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, uma vez que as autoridades permanecem cautelosas quanto à trajetória da inflação para retornar à meta de 2%, após indicadores recentes mostrarem um mercado de trabalho ainda aquecido.
Os investidores estarão de olho na divulgação desses dados econômicos e nas decisões de política monetária que poderão moldar suas expectativas para o futuro das taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
