Negócios

Dólar sobe e fecha a R$ 4,89 após redução da taxa Selic no Brasil

A moeda americana subiu 1,96% ante o real, cotada a R$ 4,8981 na quinta-feira (3)

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (3), um dia depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que decidiu reduzir a Selic, taxa básica de juros, de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano, no primeiro corte em três anos. A moeda americana subiu 1,96% ante o real, cotada a R$ 4,8981. No dia anterior, o dólar teve alta de 0,31%, vendido a R$ 4,8039. 

Apesar de o principal destaque da sessão desta quinta-feira (3) ter ficado com a nova taxa Selic, de 13,25% ao ano, outros fatores também têm influência no mercado cambial. Do lado dos juros, por exemplo, apesar de o corte da taxa básica já estar no radar do mercado há um tempo, o movimento de desvalorização do real ante o dólar acontece porque o que mais atrai os investidores estrangeiros para o Brasil são as altas taxas de juros.

Além disso, o cenário internacional enfrenta previsões de recessão econômica. Nos Estados Unidos, por exemplo, a agência de classificação de risco Fitch reduziu a nota de crédito do país — que é considerado o mais seguro do mundo —, gerando instabilidade generalizada nos mercados em nível global.

Também nos Estados Unidos, as expectativas estão voltadas para a divulgação de dados de emprego, que podem sinalizar como anda a economia e dar mais sinais sobre quais os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa básica de juros.

Por fim, outro ponto que pode influenciar a valorização do dólar ante o real está na condução de estratégias de “carry trade” — um tipo de operação na qual o investidor toma recursos emprestados em um país com juros baixos e investe o valor em outras economias que tenham juros maiores. Nesse tipo de operação, o retorno do investidor tem base na diferença da taxa de juros entre as duas moedas. Isso significa que quanto mais a Selic cair, menor é a vantagem do Brasil no “carry trade” — cenário que também influencia no mercado de câmbio.

*com informações do G1

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