O dólar passou a operar com instabilidade na quinta-feira (8), depois de flertar com o patamar de R$ 5,30, com o mercado fortemente influenciado pela venda de $500 milhões pelo Banco Central via swaps cambiais, a primeira oferta líquida do tipo desde março e ocorrida após a cotação saltar acima de R$ 5,30 no fim da manhã.
Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,3135. Na mínima, chegou a R$ 5,2193. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,59%, a R$ 5,2393. Com o resultado, o dólar passou a acumular alta de 1% frente ao real. No mês, já subiu 5,36%.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu na quinta-feira $500 milhões em oferta líquida de contratos de swap cambial tradicional, na primeira operação do tipo desde março, conseguindo amenizar a pressão no mercado de câmbio depois de o dólar superar R$ 5,30 mais cedo e emendar a oitava alta consecutiva.
O swap é um derivativo que permite troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros. No caso do swap cambial tradicional ofertado pelo BC, o título paga ao comprador a variação da taxa de câmbio acrescida de uma taxa de juros (cupom cambial). Em troca, o BC recebe a variação da taxa Selic.
Ao recorrer a esse instrumento, o objetivo do Bacen é evitar movimento disfuncional do mercado de câmbio, provendo “hedge” cambial – proteção contra variações excessivas da moeda norte-americana em relação ao real – e liquidez aos negócios. A colocação de contratos de swap tradicional pelo BC, portanto, funciona como injeção de dólares no mercado futuro de dólar.