O dólar passou a subir em relação ao real nesta quarta-feira (14), com a mudança de trajetória do preço do barril do petróleo, preocupações em torno das eleições americanas e na expectativa da reunião do Federal Reserve sobre política monetária na próxima semana, destaca a Reuters.
O dia também é marcado pela redução da interferência do Banco Central do Brasil no câmbio. O BC anunciou uma intervenção menor em comparação ao que vinha apresentando, com a redução para 5 mil contratos da oferta de swaps cambiais reversos, anunciada na noite de terça-feira.
Na tarde de quarta, a moeda americana subia 0,53%, cotada a R$ 3,3344 na venda.
Mais cedo, a moeda chegou a passar de R$ 3,33, mas a alta perdeu força com a atuação de exportadores que se aproveitaram dos preços elevados para fechar operações, enquanto os operadores seguiam de olho no cenário externo.
Moeda americana deve seguir subindo até 2020, prevê BC
Recente nota publicada pelo portal G1 pode servir de estimulo a quem pensa em investir em dólar, já que muitos especialistas preveem a moeda americana subindo em ritmo constante por pelo menos mais 4 anos.
Depois da desvalorização vista ao longo de 2016, que chegou a 18,2% até o final de agosto, a cotação do dólar deve voltar a subir nos próximos anos, de acordo com expectativa do governo federal que consta da proposta de orçamento para 2017. A alta da moeda também é esperada pelo mercado financeiro, aponta pesquisa realizada pelo Banco Central.
A previsão do governo no projeto de orçamento de 2017, encaminhado ao Congresso, é de dólar a R$ 3,43, na média de 2017, e a R$ 3,57, na média de 2018 – último ano do mandato do presidente Michel Temer. Já na pesquisa realizada pelo BC com mais de 100 bancos na semana passada, a estimativa é de câmbio médio a R$ 3,38 em 2017. Em 2018, 2019 e 2020, aponta o levantamento, o dólar, na média de cada ano, deverá avançar para R$ 3,50, R$ 3,65 e R$ 3,75, respectivamente.