O dólar segue em forte alta e, nesta sexta-feira, 29, atingiu a marca histórica de R$ 6,11, renovando seu recorde anterior. Nesta manhã, a moeda americana subia 2%, cotada a R$ 6,10, e, na máxima do dia, chegou a R$ 6,11. Essa alta é reflexo do impacto do anúncio de medidas econômicas do governo brasileiro, que incluíram cortes de gastos e mudanças no Imposto de Renda.
Na quinta-feira, 28, o dólar já havia superado pela primeira vez a marca de R$ 6. Com essa pressão, o Ibovespa, o índice da bolsa brasileira, também reagiu negativamente, caindo 2,40% e registrando a maior queda diária desde janeiro de 2023.
As medidas do governo brasileiro incluem um pacote de cortes de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026 e R$ 327 bilhões até 2030. Além disso, foi anunciado que a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil custará cerca de R$ 35 bilhões aos cofres públicos. Para compensar esse gasto, haverá uma taxação de até 10% para rendimentos acima de R$ 50 mil.
Analistas têm apontado que, embora as medidas de contenção de despesas sejam vistas como positivas, a isenção do IR trouxe incertezas quanto ao impacto fiscal. A proposta, uma promessa de campanha de Lula, gerou preocupações sobre a sustentabilidade das contas públicas e a reação do mercado.
