A moeda americana, que durante o pico da crise política e econômica que atravessa o Brasil chegou a valer no câmbio oficial mais de R$ 4,20, atingiu nos últimos dias a cotação mais baixa em 12 meses. O dólar vem sendo cotado nas últimas semanas a uma média de R$ 3,16, valor que deve voltar a incentivar o turismo internacional e os gastos de brasileiros em cidades que são mecas das compras, como Miami, New York e Orlando.
Economistas ouvidos pelo jornal “O Globo” apontam razões para o barateamento da moeda americana. Dentre elas estão incentivos dados pelo Banco da Inglaterra para estimular a economia do Reino Unido e que aumentaram o apetite por risco e contribuíram para a valorização das moedas de países emergentes, como o Brasil.
Outro fator que influencia na melhora da economia brasileira —e consequente valorização do real frente ao dólar— é a crença do mercado de que o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff será aprovado no Senado. Segundo o jornal, os agentes do mercado financeiro veem pouco risco na volta da presidente.
“O mercado está seguindo uma tendência de recuperação com a expectativa de votação do impeachment e também repercute os números corporativos dessa temporada de balanço”, disse ao “O Globo” o economista Ricardo Zeno, sócio da AZ Investimentos. “A tendência do dólar é de acomodação. Há a influência externa e uma melhora da confiança em relação à economia interna.”