DA REDAÇÃO – O dólar mais baixo (após chegar, no final do ano passado, a ser comercializado por ate R$4,30 em casas de câmbio) deixa os brasileiros mais animados para planejar a tão sonhada viagem ao exterior. Reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que agências de viagem vêm notando alta nas procuras por destinos queridos pelos brasileiros, como Portugal e Flórida.
“Fizemos uma pesquisa na semana passada e associados informaram que a procura aumentou 10%”, disse Edmar Bull, presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens). “Esperamos que as vendas em julho cresçam 5% em relação a 2015.”
Isso se deve à queda acentuada do dólar ocorrida no final de junho, período que registra uma redução acumulada de 17% no ano; a moeda, chegou recentemente à casa dos R$ 3,30 e, na expectativa dos economistas, deve encerrar 2016 em R$ 3,46. A libra esterlina, que chegou a custar mais de R$ 5 neste ano, fechou a última terça em R$ 4,30.
A agência CVC diz ter recuperado em junho a proporção usual entre vendas de pacotes internacionais (40%) e nacionais (60%). Em janeiro deste ano, as viagens internacionais representavam apenas 20% das vendas de viagens. Já no Decolar.com, na semana passada, a procura por viagens internacionais cresceu 12% em relação ao mesmo período de 2015. Na Abreu, 15%. O buscador de passagens aéreas Kayak registrou, nas últimas duas semanas, aumento nas buscas por destinos considerados “portos seguros” de brasileiros: 30% para Miami, 35% para Orlando e 17% para Lisboa.
Passagens mais baratas
Outro motivo que levou ao aumento da procura pelas viagens internacionais foi a queda no preço das passagens aéreas, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem. “Há tarifas que estão custando 50% a menos do que dois anos atrás”, diz Bull.
Segundo ele, o setor teve que baixar os preços para reagir à crise. “As companhias estavam com muitos assentos e poucos passageiros, então elas tiveram de se readequar.”
A CVC afirma que os preços das passagens aéreas estão 20% mais baixos, em média, que no mesmo período do ano passado.