O governador Greg Abott, do Texas, confirmou nesta quinta-feira (15) que enviou dois ônibus com imigrantes indocumentados para a residência da vice-presidente Kamala Harris em Washington D.C. A informação publicada no site do governo diz que cerca de 100 pessoas de Cuba, Venezuela, Guiana, Colômbia, Panamá e Nicarágua foram transportadas.
Na quarta-feira (4), o governador da Flórida, Ron DeSantis, assumiu ter patrocinado dois voos para levar estrangeiros ilegais, todos venezuelanos, de San Antonio, no Texas, para Martha’s Vineyard, em Massachusetts.
“O Texas continuará enviando imigrantes para cidades-santuário (…) até que o presidente Biden e a czar da fronteira, Harris, façam seu trabalho”, disse Abott. Especula-se que decisão do republicano foi uma retaliação a comentários feitos pela vice-presidente no programa “Meet the Press” da NBC, no qual ela chamou a fronteira de “segura”.
A chegada dos indivíduos às redondezas da casa da vice-presidente, muitos carregando apenas seus documentos em sacos plásticos, surpreendeu vizinhos e voluntários. Mais tarde, eles foram levados para uma igreja local, que ofereceu abrigo temporário.
Abott já havia enviado ônibus com indivíduos que foram presos ao tentar cruzar a fronteira EUA-México para Washington, D.C., New York e Chicago, anteriormente. Ele declarou ter gastado $12 milhões até o momento, para remover indocumentados do seu estado cidades autoproclamadas santuários administradas por democratas.
Após a chegada dos imigrantes em Washington, muitos deles confusos sem saber onde estavam, a organização não governamental United Latin American Citizens disse em entrevista coletiva que duas pessoas que estavam nos ônibus tiveram de ser hospitalizados ao desembarcarem. Um, era um senhor de idade que sofre de diabetes e teria entrado em choque, e outro um bebê com problemas de saúde. “Estes são seres humanos, estes são irmãos cristãos”, disse Domingo Garcia, porta-voz da instituição. “Eles estão sendo tratados como carga . Acho que é hora de o presidente Biden, o Congresso e o Senado fornecerem ajuda humanitária”.