Negócios

Dois em cada três trabalhadores na Flórida têm salário inferior à média do Estado

No terceiro Estado mais populoso dos EUA, 65% ganham menos de $39 mil ao ano que é a média estadual; setor de serviços concentra maior percentual de pessoas ganhando mal

Trabalho no setor de alimentos está entre os mais mal pagos
Trabalho no setor de alimentos está entre os mais mal pagos

A grande maioria dos trabalhadores da Flórida (65%) ganha salários abaixo da média do Estado que é de $39 mil ao ano. Os dados são de um estudo produzido pela Florida International University e divulgado às vésperas do Labor Day. Intitulado “State Working of Florida”, ele foi enviado à imprensa na sexta-feira (2).  As informações são do Sunsentinel.

Números obtidos pelo governo do Estado —o 3o mais populoso dos EUA— mostram que a maioria dos trabalhadores mal pagos é empregada em setores como vendas do varejo, setor alimentício e de serviços, além de cargos de apoio em setores administrativos.
Muitas dessas ocupações têm trabalhadores ganhando menos de $10 a hora. No setor alimentício, 53,6% ganham menos de $10 por hora trabalhada. Dos que trabalham em setores de construção, limpeza e manutenção, 36,7% também não chegam aos $10 pagos por hora de trabalho. O salario mínimo na Flórida é atualmente de $8.05 por hora —valor diferente dos $10 pagos na Califórnia (Estado que concentra a maior população dos EUA, e superior aos $7.25 pagos no Texas (2o Estado mais populoso do país).

O estudo dividiu trabalhadores em outras duas categorias: a dos que têm ganho anual médio (variando entre $17,144 e $55,463) e de ganho anual alto (superior a $55,463).
Entre os de ganho alto, a grande parte está empregada em setores como saúde e venda de seguros, em cargos gerenciais (24% dos avaliados).

Hispânicos recebem abaixo da média

O estudo também aponta que fatores como sexo, raça e etnia também influenciam no ganho salarial anual no Estado.

Entre os trabalhadores que ganham mal, os 65% presentes no estudo, mais da metade são mulheres. Entre os de ganho médio e ganho alto, mulheres respondem por 50% e 36,7%, respectivamente. Mulheres ganham 78 cents para cada $1 pago a um homem na Flórida.

No quesito raça, 42% dos brancos ganham menos de $39 mil ao ano —entre negros e latinos (ou “hispânicos”, como cita o estudo), esse percentual sobe para 75%. Na média, hispânicos ganham $32,160 ao ano.
Trabalhadores brancos respondem por 70,3% dos que ganham mal, 74,8% dos de ganho médio, e 83,4% dos de ganho alto. Trabalhadores negros respondem por 20,4% dos que ganham mal, 17,7% dos de ganho médio, e 9,3% dos de ganho alto. Hispânicos respondem por 27% dos que ganham mal, 24,6% dos de ganho médio e 19,6% dos de ganho alto.

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