Um dos documentaristas mais famosos dos Estados Unidos -e crítico ferrenho dos governos republicanos- faz elogios ao Brasil em sua mais nova produção. Reportagem veiculada pelo portal UOL mostra que em “Where to Invade Next?” (“Onde Invadir Agora?”), o diretor de “Tiros em Columbine” e “Fahrenheit 11/9” resolve criticar os Estados Unidos de maneira diferente.
Ao viajar por diversos países do mundo (a maioria da Europa Ocidental e um africano, a Tunísia), “invadindo-os” como o título sugere, Moore vai coletando exemplos de política e administração pública que funcionam nestes lugares e que deveriam ser usados para melhorar os Estados Unidos.
Quando o diretor chega à Itália e mostra que os italianos têm 13º salário e 30 dias de férias remuneradas, a plateia que lotava uma sessão do filme em Los Angeles ria com um ar de “ah, tá bom que isso um dia vá acontecer aqui”. Quando dizia-se que na Alemanha é proibido por lei que o funcionário receba um e-mail fora de seu horário de trabalho, mais risos. Duas horas de almoço? Gargalhadas.
O Brasil entra nesse rol de países que tem políticas que, na visão do diretor, poderiam ser absorvidas pelos EUA. No filme, o país é citado duas vezes: quando Moore elogia lugares em que a universidade é pública e em que se vota aos 16 anos. “Os jovens aprendem a votar cedo, e quanto mais cedo criam o hábito, mais vão participar da vida política”, disse o documentarista, que afirmava entender o motivo do filme provocar risos, ainda que nervosos na plateia.
“Acho que meus filmes sempre foram, direta ou indiretamente, comédias. Você não acha que George W. Bush é um dos maiores comediantes que este país já viu? E ele aparece muito nos meus outros filmes”, ironizou Moore, enquanto dava entrevistas no tapete vermelho.