DA REDAÇÃO – Um grupo de ativistas que advoga um maior controle das armas de fogo na Flórida convocou um boicote à rede de supermercados Publix, por “ter doado 670.000 dólares para a campanha ao governo do estado de Adam Putnam, ao qual acusam de defender os interesses da Associação Nacional do Rifle (NRA).
“Publix sempre foi o mercado preferido de minha família”, destacou Lesley Ulloa, ativista da campanha #BoycottPublix nas redes sociais. “Porém me sentiria cúmplice se comprasse em uma companhia que financia a campanha de alguém que seja um orgulhoso defensor da NRA”, acrescentou.
O chamado ao boicote tem como objetivo o final de semana longo do Memorial Day, de sexta-feira (25) à segunda-feira (28), e pode significar uma quantia indeterminada de perdas para a companhia floridiana, com sede em Lakeland, que foi fundada en 1930 e é o maior empregador privado da Flórida.
Na verdade, Putnam não declarou publicamente seu apoio à NRA mas rechaçou o aumento do controle de armas e exerceu pressões sobre legisladores para que isto não ocorra.
No entanto, o atual secretário de Agricultura e candidato ao governo estadual pelo Partido Republicano defendeu a posição da organização nacional e investiu contra os grupos que promovem novas medidas ao dizer que se trata de “uma tentativa desesperada de limitar os direitos da Segunda Emenda”, adotada pelo Congresso da nação em 1791 e que garante, desde então, aos cidadãos posse de armas.
Publix, por sua vez, emitiu um comunicado no qual lamenta que algumas de suas contribuições políticas tenham levado a uma divisão involuntária dos clientes, em vez de valorizar sua contribuição para o crescimento da economia na Flórida. O comunicado frisou que a maior parte das doações da empresa destina-se ao apoio aos jovens, à educação e à difícil situação dos mais necessitados. E concluiu: “Como resultado desta situação, estamos avaliando a maneira de fazer doações para assegurar que reflita melhor nossa intenção de apoiar uma economia forte e uma comunidade saudável”.
